O fluxo de caixa é um dos aspectos mais importantes dentro de uma gestão financeira bem aplicada em um negócio.
Mas, como saber o que, de fato, significa esse termo e como você pode planejar e gerenciar o seu orçamento com um fluxo de caixa simples?
É justamente sobre isso que iremos falar neste post. Portanto, caso queira entender sobre o assunto de maneira didática, leia esse conteúdo até o final.
O que é fluxo de caixa?
O conceito de fluxo de caixa é muito simples e está relacionado à movimentação de dinheiro na sua empresa, com entradas e saídas do caixa.
Para que a sua empresa tenha um bom controle das finanças é necessário anotar de maneira detalhada todos os ganhos e gastos do negócio, sem cometer qualquer erro.
Portanto, todas as receitas, mesmo que sejam mínimas, precisam ser registradas corretamente.
É importante ressaltar que o fluxo de caixa não é a mesma coisa que controle de caixa. Enquanto o primeiro é capaz de realizar projeções da empresa, o controle apenas registra entrada e saída de dinheiro.
Tipos de fluxos de caixa
Apesar do conceito do fluxo de caixa ser o mesmo, existem vários tipos, que variam de acordo com o objetivo do empreendedor.
Antes de escolher qual fluxo vai aplicar ao seu negócio com o passo a passo que darei abaixo, vamos entender um pouco sobre os tipos que existem:
– Fluxo de caixa operacional:
Esse é o modelo mais simples e básico quando pensamos no controle de caixa. A sua aplicação também é direta ao ponto, é preciso listar o dinheiro que entra e sai da empresa dentro de um determinado período.
O foco principal aqui é conseguir mostrar claramente o dinheiro que está disponível no caixa somando as despesas. Por isso, esse tipo de fluxo de caixa é mais utilizado quando o empreendedor deseja verificar quais gastos podem ser retirados.
– Fluxo de caixa direto:
Por outro lado, o fluxo de caixa direto vai registrar todos os pagamentos e recebíveis vindo somente das atividades realizadas pela empresa e não contabiliza nenhum desconto.
Normalmente, dentro deste tipo de fluxo de caixa, as contas são separadas em categorias para que visualmente seja mais simples identificar dados como:
- Pagamentos de colaboradores;
- Compra de matéria-prima;
- Pagamentos realizados com manutenção, etc.
– Fluxo de caixa indireto:
Diferente do modelo anterior, o fluxo de caixa indireto não foca na entrada e saída de dinheiro, oferecendo uma visão mais contábil ao negócio.
Neste caso, o foco passa a ser os lucros e os pagamentos apontados no DRE da empresa, assim como no Balanço Patrimonial.
O foco aqui é conseguir entender como a empresa está se saindo de acordo com o regime de caixa. Por isso, ela é mais utilizada como uma ferramenta do time de contabilidade.
– Fluxo de caixa projetado:
O próprio nome deste tipo de fluxo de caixa já diz muito sobre a sua utilização. O fluxo projetado, tem como função principal realizar projeções contábeis de acordo com os lançamentos feitos.
O objetivo é conseguir criar um planejamento para o futuro da empresa, seja para organizar as contas, corrigir alguma pendência ou apresentar o crescimento do negócio, de acordo com os dados obtidos com esse fluxo.
Através de gráficos, é possível identificar:
- Tendências de lucros ou perdas em determinados períodos;
- Quais locais os gastos vêm aumentando e precisam de ajustes;
- Comparar os dados com a expectativa do mercado externo.
– Fluxo de caixa livre:
Por fim, temos o fluxo de caixa livre ou final, que também visa fazer projeções.
Ele é o responsável por medir a capacidade da empresa de gerir o capital dentro de três períodos:
- Curto prazo;
- Médio prazo;
- Longo prazo.
As projeções aqui apresentadas mostram os saldos que existem depois de feito os descontos dos pagamentos.
Assim, aqui você tem acesso a dois tipos de relatórios que trabalham com prazos de 60 até 90 dias e outro que foca mais no longo prazo, com prazos de 2 até 5 anos.
Normalmente, o fluxo de caixa livre consegue responder perguntas como:
- Quanto de dívida a empresa vai pagar nos próximos meses?
- Será necessário pedir um empréstimo ao banco?
- Vamos falir?
- Devemos abrir uma nova unidade?
- Será preciso aumentar o estoque?
Diante das perguntas, fica claro a importância dele, não é mesmo?
Como planejar e gerenciar seu orçamento com o Fluxo de caixa?
Agora que entendemos todo o conceito de fluxo de caixa e os tipos de existem, vamos começar a colocar a mão na massa e planejar corretamente a aplicação dele:
– Organize corretamente os seus registros:
A primeira coisa que você precisa fazer ao planejar o seu fluxo de caixa é separar as suas contas a receber e a pagar.
Aqui é preciso registrar corretamente quais são os seus compromissos de pagamento e o dinheiro que entrará no caixa nos próximos dias.
O ideal é que você consiga dividir cada uma das suas dívidas e pagamentos conforme a categoria, pois, além de ajudar visualmente, deixa o fluxo de caixa mais organizado.
Portanto, separe categorias como:
- Matéria-prima;
- Investimentos realizados;
- Financiamentos;
- Folha de pagamento;
- Vendas;
- Impostos;
- Demais serviços.
Para alinhar corretamente as suas finanças, é importante que você peça ajuda a um contador, que saberá te orientar em todos os passos.
– Defina como você vai analisar os recebíveis e despesas:
Agora você precisa deixar a sua planilha de fluxo de caixa ou software visualmente claro sobre as entradas, saídas, investimentos e outros tipos de movimentações que realiza no seu negócio.
O foco é conseguir identificar os dados assim que bater o olho. Quais são as contas que precisam pagar? O que está recebendo?
– Quais serão as suas despesas fixas e esporádicas:
Agora que sabemos identificar quais são as despesas e os recebíveis da empresa e a maneira mais simples de identificá-los, vamos separar corretamente as despesas para iniciarmos as projeções do nosso fluxo de caixa.
Os gastos mensais e fixos da empresa, como o aluguel, internet, sua contabilidade, parcelas, já podem ser registrados para o mês atual e os próximos.
Isso já vai te dar uma noção de quanto precisa pagar nos próximos meses e definir um valor fixo de gastos.
– Quais serão os seus recebíveis definidos:
Sim, existem as projeções para os recebíveis e não estou falando, necessariamente, da projeção de mercado, mas sim de pagamentos que você vai receber em casos onde o cliente pagou parcelado com cartão de crédito, por exemplo.
Algumas bandeiras e gateway de pagamento tendem a demorarem para depositar o dinheiro, assim como marketplaces, por isso, realizar essas projeções é fundamental.
– Faça as suas projeções:
Por fim, é fundamental que você analise o seu fluxo de caixa diariamente e crie as suas projeções, de acordo com a necessidade da empresa e a visão de mercado que deseja obter.
Em alguns casos, a ajuda de um contador pode ser necessária, já que ele pode te orientar na criação de novas metas e planejamento financeiro da empresa.
Gostou do conteúdo? Esperamos que tenha compreendido os detalhes de um bom fluxo de caixa e comece a criar o seu hoje mesmo.
Não se esqueça que a parte financeira da sua empresa é o pulmão do negócio e, quando mal cuidado, o tempo de vida é curto.
Caso precise de ajuda, entre em contato conosco que será um prazer atendê-lo.